A influência da educação em saúde dos acadêmicos de fisioterapia nas percepções das gestantes sobre a violência obstétrica: estudo sistemático
DOI:
https://doi.org/10.62331/2965-758X.v2.2024.58Palavras-chave:
Estudantes de fisioterapia, Gestantes, Violência obstétricaResumo
A violência obstétrica, caracterizada por práticas desrespeitosas e abusivas durante o parto e o atendimento pré-natal, representa um problema global que compromete a qualidade do cuidado obstétrico. Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática para avaliar o impacto da formação acadêmica de estudantes de fisioterapia nas percepções das gestantes sobre a violência obstétrica. A pesquisa foi conduzida nas bases de dados PubMed, BVS, SciELO e Cochrane Library, utilizando descritores específicos sobre o tema. Foram incluídos 14 estudos publicados entre 2011 a 2024, com abordagem qualitativa, que analisaram a formação acadêmica e a humanização do atendimento obstétrico. Os resultados evidenciam que a ausência de treinamento sobre direitos reprodutivos e humanização aumentou a probabilidade de perpetuação de práticas obstétricas inadequadas. A revisão também identificou lacuna significativa nos currículos de fisioterapia. Conclui-se que a formação acadêmica é crucial para melhorar o cuidado obstétrico e reduzir a violência obstétrica, sendo necessária uma reformulação curricular que incorpore temas como humanização e direitos reprodutivos.
Referências
Wudneh A, Cherinet A, Abebe M, Bayisa Y, Mengistu N, Molla W. Obstetric violence and disability overlaps: obstetric violence during child birth among womens with disabilities: a qualitative study. BMC Womens Health. 2022; 22:299. doi: https://doi.org/10.1186/s12905-022-01883-y.
Yalley AA, Jarašiūnaitė-Fedosejeva G, Kömürcü-Akik B, de Abreu L. Addressing obstetric violence: a scoping review of interventions in healthcare and their impact on maternal care quality. Front Public Health. 2024; 12:1388858. https://doi.org/10.3389/fpubh.2024.1388858.
Black B, Ingman M, Janes J. Physical therapists' role in health promotion as perceived by the patient: descriptive survey. Phys Ther. 2016; 96(10):1588-1596. https://doi.org/10.2522/ptj.20140383.
Busch IM, Moretti F, Travaini G, Wu AW, Rimondini M. Humanization of care: key elements identified by patients, caregivers, and healthcare providers. a systematic review. Patient. 2019; 12(5):461-474. https://doi.org/10.1007/s40271-019-00370-1.
Ferrão AC, Sim-Sim M, Almeida VS, Zangão MO. Analysis of the Concept of Obstetric Violence: Scoping Review Protocol. J Pers Med. 2022; 12(7):1090. https://doi.org/10.3390/jpm12071090.
Silva ID da, Silveira M de F de A. A humanização e a formação do profissional em fisioterapia. Ciênc saúde coletiva. 2011;16:1535–46. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000700089
Mena-Tudela D, González-Chordá VM, Soriano-Vidal FJ, Bonanad-Carrasco T, Centeno-Rico L, Vila-Candel R, Castro-Sánchez E, Cervera Gasch Á. Changes in health sciences students' perception of obstetric violence after an educational intervention. Nurse Educ Today. 2020; 88:104364. https://doi.org/10.1016/j.nedt.2020.104364.
Grilo Diniz CS, Rattner D, Lucas d'Oliveira AFP, de Aguiar JM, Niy DY. Disrespect and abuse in childbirth in Brazil: social activism, public policies and providers' training. Reprod Health Matters. 2018; 26(53):19-35. https://doi.org/10.1080/09688080.2018.1502019.
Lucena FS, Rios AAN, Lemes LB, Bellamy MSG. Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais. São Paulo: Instituto de Saúde, 2024.
Disponível em: https://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/pdfs/temas35-concepcaogravidezpartoeposparto_digital.pdf. Acesso em: 22 Set 2023.
Lokugamage AU, Pathberiya SD. Human rights in childbirth, narratives and restorative justice: a review. Reprod Health. 2017; 14:17. https://doi.org/10.1186/s12978-016-0264-3.
Boff, N. K., Sehnem, G. D., Barros, A. P. Z. de ., Cogo, S. B., Wilhelm, L. A., & Pilger, C. H. Experiência de profissionais e residentes atuantes no centro obstétrico acerca da utilização do plano de parto. Escola Anna Nery, 2023; 27, e20220104. https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2022-0104pt
Hardman K, Davies A, Demetri A, Clayton G, Bakhbakhi D, Birchenall K, et al. Maternity healthcare professionals' experiences of supporting women in decision-making for labour and birth: a qualitative study. BMJ Open. 2024 Apr 28;14(4):e080961. https://doi.org/10.1136/bmjopen-2023-080961.
Brilhante, A. V., Bastos, M. H., Giordano, J. C., Katz, L., Amorim, M. M.. Obstetric violence and medical education. Revista Brasileira De Saúde Materno Infantil, 2021; 21(3), 965–966. https://doi.org/10.1590/1806-93042021000300013.
Mayra, K., Sandall, J., Matthews, Z, Padmadas S.S. Quebrando o silêncio sobre a violência obstétrica: narrativas de mulheres que mapeiam o corpo sobre respeito, desrespeito e abuso durante o parto em Bihar, Índia. BMC Pregnancy Childbirth. 2022; 22, 318. https://doi.org/10.1186/s12884-022-04503-7.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Biosciences and Health
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.